Em plebiscito promovido pela Adurn, maioria dos professores votou pela continuidade da greve na UFRN. Foto: Adurn

Em plebiscito promovido pela Adurn, maioria dos professores votou pela continuidade da greve na UFRN. Foto: Adurn

Cotidiano

Votação Em plebiscito, maioria dos professores vota pela continuidade da greve na UFRN

O plebiscito perguntou: “você está de acordo com a permanência da categoria dos docentes da UFRN em gereve geral por tempo indeterminado?” Ao todo, 1040 responderam sim; 741 votaram não; e 45 se abstiveram de responder

por: NOVO Notícias

Publicado 31 de maio de 2024 às 18:29

Em plebiscito promovido pela Adurn, maioria dos professores votou pela continuidade da greve na UFRN. Foto: Adurn

Em plebiscito promovido pela Adurn, maioria dos professores votou pela continuidade da greve na UFRN. Foto: Adurn

Em plebiscito cujo resultado saiu nesta sexta-feira às 18h. a maioria dos professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) votou pela continuidade da greve geral por tempo indeterminado.

O plebiscito perguntou: “você está de acordo com a permanência da categoria dos docentes da UFRN em greve geral por tempo indeterminado? Ao todo, 1040 responderam sim; 741 votaram não; e 45 se abstiveram de responder.

A votação ficou aberta das 12h da quarta-feira (29) até as 18h da sexta-feira (31), com o objetivo de consultar a categoria acerca da manutenção ou não da greve por tempo indeterminado.

Leia também:

Participaram da consulta 1.826 docentes, dos quais 56,95% votaram pela continuidade do movimento grevista, 40,58% pelo retorno das atividades e 2,46% se abstiveram.

O presidente do ADURN-Sindicato, Oswaldo Negrão, afirmou que “mais uma vez o plebiscito expressa a sua importância como um instrumento que referenda a vontade da maioria” e destacou que a consulta aconteceu em concordância com os pilares democráticos que regem quaisquer decisão da categoria docente.

Na próxima segunda-feira (03), o Conselho de Representantes do ADURN-Sindicato e o comando de greve se reúnem para discutir os próximos passos da mobilização.

A greve das universidade federais em 2024 está sendo marcada por um racha entre as entidades que representam os docentes.

A Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) assinou, na segunda-feira (27), acordo com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI). Dias depois, a justiça determinou que o acordo não valia.

Em contrapartida, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) rejeitou a proposta e quer manter a greve. Nas greves de 2012 e 2015, a divisão entre as entidades se repetiu, com o Proifes aceitando a proposta do governo e encerrando a mobilização antes da Andes-SN.

Em nota, a Proifes afirmou que o Conselho Deliberativo da entidade, composto por 34 delegados, considerou que as rodadas de consultas, reuniões e assembleias gerais dos sindicatos ocorreram de forma democrática.

“O Conselho Deliberativo reuniu-se extraordinariamente no dia 26 de maio de 2024 para avaliar o resultado do processo de consulta e, após amplo debate, referendou o processo ocorrido, cuja indicação, pela maioria dos sindicatos federados, foi a aprovação da proposta”, destacou a Proifes no comunicado.

“Seguindo o estatuto e em respeito à maioria, diante dessa indicação favorável, o CD [Conselho Deliberativo] encaminha à Diretoria da Federação para que proceda à assinatura do acordo com o governo federal, na Mesa de Negociação Específica no dia 27 de maio de 2024”, acrescentou a Proifes.

Em vídeo postado nas redes sociais, o presidente da Andes-SN, Gustavo Seferian, classificou de autoritária a atitude do governo federal de assinar o acordo com apenas uma entidade em reunião fechada. “É a consumação de uma farsa, de um golpe que se deu do prédio do MGI”, criticou.

“Temos a necessidade de reconhecer que nossa luta não só continua, mas que nós vamos, pela nossa luta, pelos nossos enfrentamentos, fazer cair esse engodo que está aqui sendo construído”, acrescentou. A Andes-SN também pede a recomposição do orçamento das universidades federais.

No site do Ministério da Gestão e Inovação (MGI), o secretário de Relações de Trabalho, José Lopez Feijóo, destaca que o processo de negociação foi amplo e transparente, com a realização de cinco rodadas de conversas com as entidades dos docentes. “Dentro dos limites orçamentários, temos buscado construir a melhor proposta possível e dialogando com as demandas de reestruturação apresentada pela categoria”, afirmou.

No último dia 15, o MGI apresentou o que chamou de proposta final. O governo oferece aumentos de 13,3% a 31% até 2026, com os reajustes começando em 2025. As categorias que recebem menos terão os maiores aumentos. Quem ganha mais terá menor reajuste.

Com o reajuste linear de 9% concedido ao funcionalismo federal em 2023, o aumento total, informou o MGI, ficará entre 23% e 43% no acumulado de quatro anos. A pasta ressaltou que o governo melhorou a oferta em todos os cenários e que os professores terão aumento acima da inflação estimada em 15% entre 2023 e 2026.

A proposta anterior previa reajuste zero em 2024, 9% em 2025 e 3,5% em 2026. Somado ao reajuste linear de 9% concedido ao funcionalismo federal no ano passado, o aumento total chegaria a 21,5% no acumulado de quatro anos.

 

______________________________________________________________________________________________

Quer receber notícias úteis, relevantes, informativas e divertidas?

➡️ Assine gratuitamente a Comunidade do NOVO no Whatsapp.
➡️ gratuitamente o Canal de Notícias no Telegram.
➡️ Siga o NOVO Notícias no Twitter.

______________________________________________________________________________________________

 

Tags