Logo após a publicação da imagem, a internet foi tomada por um debate que envolve o novo mapa com o Brasil no centro do mundo. De um lado, uns que classificaram a mudança como “lacração geográfica”; de outro, os que defenderam a mudança e apontaram o novo mapa como “ícone deconolonial”
Publicado 13 de abril de 2024 às 12:37
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou esta semana seu novo mapa-múndi, que tem a marcação dos países que compõem o G20 e dos que possuem representação diplomática brasileira. E a principal novidade foi que nessa nova representação, o mapa do Brasil está bem no centro do mundo.
De acordo com o IBGE, a divulgação ocorre em consonância com o momento especial em que o Brasil está presidindo o G20 e é uma oportunidade de mostrar uma forma singular do Brasil ser visto em relação a esse grupo de países e ao restante do mundo.
Logo após a publicação da imagem, a internet foi tomada por um debate que envolve o novo mapa com o Brasil no centro do mundo. De um lado, uns que classificaram a mudança como “lacração geográfica”; de outro, os que defenderam a mudança e apontaram o novo mapa como “ícone deconolonial”. Na realidade, tudo não passa de mais um episódio alimentado pela polarização política que o Brasil vive há anos.
Confira postagens sobre a polêmica do novo mapa-mundi com o Brasil no centro do mundo:
Lacração geográfica. Resultado mesmo temos visto muito pouco no IBGE
— Igor (@ig27or) April 11, 2024
Mais uma idiotice deste desgoverno, que gastou tempo e dinheiro fazendo um mapa que só serve para confundir as pessoas, especialmente no que tange à localização e fusos horários.
Isso que dá colocando um militante esquerdopata no comando do IBGE. Imagine o que ele faz com o resto— Mdcortez (@Mdcortez1977) April 13, 2024
O Brasil no centro do mundo
Logo após a “descoberta” pelos europeu do continente americano, o primeiro mapa-múndi foi apresentado pelo italiano Alberto Cantino, em 1502.
De lá para cá, a centralidade dos países do Norte Global nas projeções cartográficas, expressão do projeto… pic.twitter.com/bDKHnMfnsN
— Marcio Pochmann (@MarcioPochmann) April 9, 2024
O único erro do mapa do IBGE para mim não é ter o Brasil no centro mas não virar ele de cabeça pra baixo e inscrever no meio “NOSSO NORTE É O SUL”. Aí iria ficar brabo demais porque aqui é latinoamerica, papi! pic.twitter.com/SjRV6fw08O
— judz (@nietzsche4speed) April 13, 2024
Ooo saco.
Taqueopariu.
A discussão agora é q o IBGE fez mapa-mundi oficial brasileiro c/ o Brasil ao centro.
Ooo viralatada do k7, este é o padrão mundial de cartas.
Cada país, qdo tem autoridade de cartografia, faz o mapa com sua massa territorial ao centro.
Vão trabalhar,porra! pic.twitter.com/cuqIagTr2s— Edson Salvio Junior (@esalviojr) April 12, 2024
Um mapa alternativo com o Brasil ao centro é interessante pra levantar discussões sobre eurocentrismo.
Mas o mapa-múndi tradicional, com origem no colonialismo, acaba fazendo sentido.
Não corta um continente e não centra o mundo na área com menos continente, como o australiano. pic.twitter.com/DmT3fqiFw9
— Thiago Süssekind (@ThiagoSussekind) April 12, 2024
IBGE coloca Brasil no Centrão do mapa em homenagem a quem manda no país pic.twitter.com/4EfKl76j4r
— Sensacionalista (@sensacionalista) April 13, 2024
Pontos menos comentados do mapa do IBGE com o Brasil no meio:
– Palestina é desenhada como Estado ali;
– Ilhas Malvinas, Geórgias e Sandwich do Sul marcadas como argentinas;
– Taiwan da China;
– Kosovo na Sérvia.Nada diferente do que o Itamaraty faz há anos, mas interessante. pic.twitter.com/rQfsdoacLv
— Thiago Süssekind (@ThiagoSussekind) April 13, 2024
“NOSSO NORTE É O SUL”
Estou acompanhando uma discussão sobre o fato de o IBGE posicionar o Brasil no centro do mapa, mas o que muitos não compreendem é que o mapa-múndi como o conhecemos foi criado e concebido para colocar a Europa e a América do Norte no topo e em destaque. Em… pic.twitter.com/enRvRt0wiq
— João Gabriel | arquiteto (@arqjoaogabriel) April 13, 2024
A terra é redonda. 🌎 https://t.co/IAsSbAQAp2
— Lula (@LulaOficial) April 12, 2024
O Atlas Geográfico Escolar do IBGE é uma publicação que tradicionalmente reúne dados sobre clima, vegetação, uso da terra, divisão política e regional, características demográficas, indicadores sociais, espaço econômico e das redes, além de diversidade ambiental do Brasil e de mais de 180 países.
Com mais de 200 mapas, dentre físicos, políticos e temáticos do Brasil e do mundo, a nova edição destaca, ainda, aqueles que indicam os territórios quilombolas e a distribuição de pessoas quilombolas e indígenas, além da cobertura e uso da terra e espécies ameaçadas de extinção.
Como todos os atlas produzidos pelo IBGE, a nona edição contempla a Base Nacional Comum Curricular – BNCC do Ministério da Educação, e reúne, num mesmo volume, dados geográficos, cartográficos e estatísticos, imprescindíveis ao estudo e à análise das dimensões sociopolítica, ambiental e econômica do Brasil e do mundo.
Outra novidade são QR codes disponíveis na publicação impressa que levam a gráficos interativos na versão digital, além de vídeos e links com conteúdos complementares. Também será possível baixar o arquivo da versão impressa e realizar busca por temas e palavras-chave.
O presidente do IBGE, Marcio Pochmann, destaca que com a nova edição do Atlas Geográfico Escolar o IBGE espera “despertar o interesse do público jovem para a compreensão da nossa realidade e de outras tantas, tão diversas, que compõem o cenário mundial da atualidade”.
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