O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, participará nesta quinta-feira (11) de uma audiência pública marcada para às 10h, na Comissão de Comunicação e Direito Digital (CCDD) do Senado. O encontro visa debater e aprofundar a investigação sobre as recentes denúncias de interferência e censura no X (antigo Twitter). Os apontamentos em debate tiveram publicações dos jornalistas Michael Shellenberger (EUA) e David Ágape, convidados após o colegiado aprovar, nesta quarta (10), requerimento de audiência.
Nesse sentido, o objetivo da sessão é analisar as acusações de que decisões judiciais foram contornadas. A partir disso, a audiência também verifica se houve censura de vozes e desmonetização influenciadores de direita na rede social. Se a situação tiver confirmação, pode haver sérias implicações para a liberdade de expressão e o equilíbrio democrático do Brasil, segundo Marinho.
Durante a audiência, os jornalistas terão a oportunidade de apresentar suas evidências, permitindo que os senadores avaliem as alegações. Por exemplo, relatórios de e-mails do X obtidos por Shellenberger apontam que, entre 2020 e 2022, funcionários da plataforma teriam relatado uma pressão do poder Judiciário. Dessa forma, a empresa teria sido obrigada a divulgar informações confidenciais de seus usuários, como mensagens privadas e dados de contatos.
Chamada de Twitter Files, a investigação de Shellenberger teve divulgação pelos jornalistas alinhados ao bolsonarismo David Ágape e Eli Vieira. Por causa disso, o alcance da publicação do jornalista dos EUA no Twitter tinha chegado a 30 milhões de pessoas. O assunto tem sido uma forte tendência entre a comunidade bolsonarista.
A ajuda para ampliar o alcance de Shelleenberger também teve suporte do perfil Visegrád24. Popular desde a invasão da Rússia na Ucrânia, o perfil deu um dos primeiros impulsos em cima do que o jornalista havia publicado. Assim, entre os membros da extrema-direita, a ideia é de que se aumente a percepção de que há uma ditadura no Brasil.
Ainda, pelas redes sociais, Rogério Marinho convidou o público a participar da audiência pública e destacou a importância da sessão. “Nosso compromisso é com uma investigação rigorosa e transparente, a fim de garantir a integridade de nossa democracia e o direito à liberdade de expressão”, afirmou.
O ativista e jornalista Michael Shellenberger (51) viveu no Brasil em 1992. Na época, ele se dizia ser de esquerda. Dois anos depois, após entrevistar Lula, afirma que se decepcionou com o espectro político do PT e de outros partidos. Porém, já frisou não dar apoio a um líder político brasileiro: “Não sou fã nem de Bolsonaro, nem de Trump”, disse via Twitter.
Considerado em 2008 pela revista Time como “Herói do Meio Ambiente”, Shellenberger publicou doze anos mais tarde um livro de nome Apocalypse Never: Por Que o Alarmismo Ambiental Prejudica a Todos. Na publicação, opina que o aquecimento é real, mas os cientistas estão exagerando e causando uma ansiedade na população.
Hoje, ele é responsável pela disciplina de Política, Censura e Liberdade de Expressão da Universidade de Austin, no Texas (EUA).
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