Cotidiano

Fuga do presídio federal de Mossoró completa um mês sem recapturas

Mais de 600 agentes de segurança (entre policiais militares, civis, federais, penais e rodoviários federais, além da Força Nacional) estão envolvidos nas buscas, que contam ainda com cães farejadores, helicópteros, drones e ainda homens especializados em rastreamento

por: NOVO Notícias

Publicado 14 de março de 2024 às 11:12

Segundo MJSP, fugitivos do presídio federal de Mossoró seguem na região de Baraúna. Foto: Reprodução

Segundo MJSP, fugitivos do presídio federal de Mossoró seguem na região de Baraúna. Foto: Reprodução

As buscas por Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, fugitivos do presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, completam um mês nesta quinta-feira (14) sem que os dois tenha sido recapturados.

Mais de 600 agentes de segurança (entre policiais militares, civis, federais, penais e rodoviários federais, além da Força Nacional) estão envolvidos nas buscas, que contam ainda com cães farejadores, helicópteros, drones e ainda homens especializados em rastreamento. Mas até agora, nada. Os custos dessa operação ainda não foram divulgados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Na quarta-feira, um dia antes da fuga do presídio completar um mês, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, esteve em Mossoró pela segunda vez e afirmouacreditar que Tatu e Martelo ainda estão na área. Segundo ele, essa crença se baseia em indícios passados pela equipe que comanda as buscas.

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“A região é de mata muito densa, então as buscas são dificultadas não só pela questão da flora, mas pela extensão da área”, falou, ressaltando que as equipes atuam onde há indícios da presença dos criminosos. “Estamos localizando toda a rede de apoio deles”, disse o ministro.

Segundo o Diário do Nordeste, o único suspeito preso no Ceará é um chefe da facção carioca, que tinha controle sobre o tráfico de drogas em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Nícolas Rodrigues Alves, conhecido como ‘Homem de Pedra’ ou ‘Deputado’, de 31 anos, é natural de Mossoró (Município onde ocorreu a fuga do presídio), mas residia no Ceará.

Ele foi detido pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Ceará (Ficco/CE) em Fortaleza, em cumprimento a um mandado de prisão preventiva expedido pela 8ª Vara Federal de Mossoró. A Ficco é composta pela Polícia Federal, SSPDS, Polícia Militar, Polícia Civil do Ceará (PCCE), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) e Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado do Ceará (SAP).

Conforme a fonte da PF ouvida pela reportagem, ‘Deputado’ movimentou uma rede de apoio dentro da facção criminosa carioca – que tem atuação em todo o Brasil – com o objetivo de tirar Deibson Nascimento e Rogério Mendonça da região de Mossoró.

Outra fonte, da Inteligência da SSPDS, afirma que “os fugitivos receberam apoio, mas, como os envolvidos foram identificados e presos, esse apoio pode não estar mais ocorrendo”. A principal suspeita é que a dupla esteja escondida no Município de Baraúnas, no Rio Grande do Norte.

Além de um mandado de prisão, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão no Ceará, durante esse mês, relacionados à investigação da primeira fuga da história do Sistema Penitenciário Federal de Segurança Máxima.

A Polícia Federal realizou buscas, com ordens judiciais, em imóveis localizados em Aquiraz e em Quixeré, no Ceará, contra suspeitos de participar da rede de apoio aos fugitivos. Materiais foram apreendidos, para colaborar com a investigação. Uma pessoa acabou presa em flagrante, por posse de drogas, em Aquiraz.

Também de acordo com a fonte ouvida pelo Diário do Nordeste, a “facção tem tentáculos aqui (no Ceará) e lá (no Rio Grande do Norte)”. “Existem células na região de divisas, inclusive em Aracati. E Mossoró fica ao lado. Basta um celular para eles ligarem para alguém e colocarem uma logística em prática. A rede de apoio entra em cena, aparece um recurso para um esconderijo, suprimentos. Os fugitivos não conseguiram sair da área porque não conseguiram furar o bloqueio policial. Seria muita ousadia correr um risco tão alto”, disse.

 

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