O período das festividades de fim de ano é conhecido pelo aquecimento do mercado, especialmente o comércio de bens e serviços, que prevê o movimento de R$ 618 milhões nas duas maiores cidades do Rio Grande do Norte nas últimas semanas de 2023. Essa demanda maior impõe a necessidade de aumentar também a mão de obra, e por isso, é estimado que, no último trimestre desse ano, até sete mil pessoas tenham se inserido no mercado de trabalho em uma vaga de emprego temporário. Neste período, além das festas natalinas, o comércio também passou pelo Dia das Crianças e pela Black Friday.
A estimativa é da Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (Fecomércio RN), que divulga os principais números do setor durante todo o ano, com atenção especial às datas comemorativas, quando é esperado um comportamento de maior intensidade nas vendas.
Cláudia dos Santos, de 39 anos, estava desempregada há mais de um ano quando conseguiu uma vaga de atendente em uma loja de calçados localizada no bairro do Alecrim.
“A vaga foi uma salvação para mim que estava desempregada há bastante tempo. Eu vinha tentando em algumas empresas, entregando currículo em comércios, mas nada certo tinha aparecido. E eu já estava de olho nas oportunidades que todo ano aparecem nesse período, e felizmente dessa vez consegui”, diz Cláudia, contando um pouco de sua saga nos últimos meses em busca de emprego.
A previsão de 7 mil vagas de emprego para este ano representa um aumento de 7,7% na previsão feita em 2022, quando foram previstas a criação de 6.500 novos postos de trabalho. A previsão é otimista, se pensarmos que no ano passado o comércio tinha um fator extra para aquecer o comércio: a Copa do Mundo do Qatar.
“Cerca de 60% desses novos postos de trabalho são para o mercado formal, ou seja, com carteira assinada. Uma grande oportunidade para aqueles que estão buscando emprego, conquistem uma vaga e se firmem nas empresas. O restante estará dividido entre empreendedores por conta própria e contratos em regimes especiais, como intermitentes, por exemplo”, afirmou o presidente do Sistema Fecomércio RN, Marcelo Queiroz.
O avanço na quantidade de admissões é também um dos fatores para a maior circulação de dinheiro nos principais mercados do estado. O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Natal (CDL Natal), José Lucena, comenta sobre o poder desse período para o comércio na capital potiguar.
“O Natal é a data mágica do comércio. Toda a cadeia produtiva é aquecida nesse período do ano. Comércio, indústria, serviços, bares, restaurantes, todos têm aumento na demanda e no faturamento. Nossa expectativa é de que a data movimente aproximadamente R$ 490 milhões na capital potiguar, beneficiando assim diversos segmentos”, celebra Lucena.
Além do movimento de R$ 490 milhões em Natal, outros R$ 128,7 milhões devem circular em Mossoró, segunda maior cidade do RN, nestas últimas semanas do ano, totalizando R$ 618,7 milhões. A previsão é do Instituto Fecomércio RN, que aponta a chegada do 13º salário como um dos fatores que impulsionam o mercado.
“A maior parte das famílias vão usar esse dinheiro para pagar dívidas e honrar outros compromissos, mas uma parcela significativa – 35% em Natal e 40% em Mossoró – também vai aproveitar para ir às compras”, comenta o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz.
Ainda de acordo com a pesquisa do Instituto Fecomércio RN, os principais produtos buscados para presente nesse período são itens de vestuário (59,3%) e perfumes/cosméticos (24,7%) em Natal; e itens de vestuário (51,8%) e brinquedos (26,2%) em Mossoró.
Apesar dos números melhores a cada ano, o comércio ainda não está 100% recuperado do baque que enfrentou durante os anos mais severos da pandemia de covid-19, que acabou afastando os potiguares das ruas e ocasionando no fechamento de alguns empreendimentos.
O presidente da CDL Natal, José Lucena, acredita que o comércio ainda vivencia os efeitos negativos da pandemia, e cita outros fatores que influenciam os resultados do setor neste momento.
“Ainda vivemos as consequências econômicas da pandemia, da guerra na Ucrânia, do desemprego, e perda do poder de compra do consumidor por exemplo. Dados do IBGE mostram que as vendas do comércio varejista acumulam alta de 1,7% nos 12 meses encerrados em setembro de 2023, porém em outubro tivemos uma queda de 0,3%. Nós acreditamos que a retração foi ocasionada pela “espera” dos consumidores das promoções de novembro. Agora em dezembro é nítido que a movimentação no comércio está alta, teve o pagamento do 13º, o programa Desenrola Brasil, em que muitas pessoas quitaram pendências financeiras. Então, acreditamos em crescimento nos resultados das vendas, mas ainda tímido e aquém do que precisamos para afirmar em recuperação da economia”, comenta José Lucena, presidente da CDL Natal.
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