A Polícia Civil do Rio Grande do Norte vai apurar possíveis erros cometidos pelos envolvidos no caso de denúncia de possível abuso sexual ocorrido dentro da enfermaria pediátrica do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol).
A informação foi repassada ao NOVO Notícias pelo delegado Ricardo Eduardo, titular da Delegacia de Defesa da Criança e do Adolescente (DCA/Natal), que investiga o caso.
O delegado afirmou que por se tratar de um processo que segue em segredo de justiça, e por também envolver um menor de idade, não é permitido fornecer informações sobre as investigações. Mas confirmou que os possíveis erros cometidos por pessoas envolvidas no processo serão também investigados no mesmo inquérito.
“O que eu posso dizer é que a polícia vai apurar, dentro do mesmo inquérito, se existiu possíveis erros por parte dos envolvidos. Não podemos fornecer informações sobre a investigação, documentos que não poderiam ter sido disponibilizados foram vazados. Então, agora precisamos resguardar ao máximo”, disse o delegado.
Após sair da Penitenciária Estadual de Parnamirim, na região Metropolitana de Natal, onde permaneceu preso por cinco dias, o vigilante voltou ao Hospital Universitário Onofre Lopes, na zona Leste de Natal, na última quarta-feira (15). Dessa vez, para rever o filho de 10 meses.
“Agora é dar um passo de cada vez, seguir em frente e tomar as medidas cabíveis. Pude rever meu filho, foi um momento muito importante pra mim. Estou feliz em poder estar livre novamente, ainda mais com a certeza de que eu não fiz nada do que me acusaram”, disse o vigilante.
Procurada pela reportagem, a mãe do bebê de 10 meses que teria acionado a equipe médica do Hospital Onofre Lopes para denunciar o possível abuso pediu desculpas ao vigilante.
“Eu jamais quero prejudicar ninguém, só achei um pouco estranho e quis esclarecer pra não levantar falso testemunho contra ninguém. Ao José, eu peço mil desculpas, que não irá resolver nada o que ele passou, mas só agi como mãe, nunca quis prejudicar um pai ou mãe. Eu jamais tive a intenção de prejudicar ninguém”, disse a mulher.
Um novo começo
Aos poucos, o vigilante falou que está tentando retomar a vida. Por causa dos trâmites judiciais, o homem de 55 anos ainda não pode retornar ao trabalho. Mas, segundo ele, tem recebido apoio do sindicato dos vigilantes e também dos advogados para que tudo seja resolvido.
“A gente tá tendo que recomeçar, literalmente, do zero. Nós não tínhamos para onde ir mais, ficamos com medo de tudo que estava acontecendo, nossas coisas ficaram todas no hospital até pouco tempo, mas estamos na luta pra voltar a nossa vida normalmente”, disse o vigilante.
A esposa do vigilante afirmou que com a repercussão do caso e a comprovação por parte da defesa da inocência do homem, a família da criança – que tem síndrome do intestino curto -, tem recebido inúmeras ajudas por parte da população.
“Nós estamos recebendo muito apoio, tanto dos advogados, como do sindicato e de tanta gente que nem conhecemos. Muitos estão cruzando o nosso caminho nesse momento difícil, dando suporte para a nossa família”, disse a mulher de 28 anos.
A defesa do vigilante, através do advogado Denis Renali, informou que está acompanhando de perto o caso. Segundo ele, a equipe vai ingressar com uma ação de danos morais em âmbito estadual e federal.
Na sexta-feira, 10 de novembro, a Polícia Civil do Rio Grande do Norte foi acionada para ir ao Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), localizado em Natal, onde um bebê de 10 meses, do sexo masculino, internado na enfermaria pediátrica da unidade hospitalar teria sido abusado sexualmente.
O suspeito seria um homem de 55 anos, que estaria acompanhando um outro paciente internado na mesma ala do hospital. Ele foi autuado e preso em flagrante na mesma noite.
Logo nos primeiros dias, o HUOL lamentou, por meio de nota à imprensa, o caso ocorrido. “O hospital se solidariza e lamenta profundamente o ocorrido, ao tempo em que está oferecendo toda a assistência necessária à vítima e à família”.
Dias depois, equipes da Polícia Civil e do ITEP foram acionadas novamente ao hospital. Um novo exame foi feito e, de acordo com o laudo do Instituto Técnico-Científico de Perícia, não foram constatados indícios de abusos sexuais contra a criança. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
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