Ao todo, de março de 2020 até março de 2025, foram 604.271 pessoas contaminadas pela Covid no RN. Foto: Reproduçào

Ao todo, de março de 2020 até março de 2025, foram 604.271 pessoas contaminadas pela Covid no RN. Foto: Reproduçào

Cotidiano

Saúde 5 anos da pandemia de Covid: RN é o 9º estado do Brasil com menos mortes pela doença

Dados do Ministério da Saúde compilados desde março de 2020 mostram que o RN perdeu até hoje 9.344 vidas para a Covid. No Brasil, até o dia 14 de março, a doença que paralisou o mundo ceifou 712.488 vidas. Médicos que atuaram no combate à doença analisam o período

por: Everton Dantas, do NOVO Notícias

Publicado 17 de março de 2025 às 17:30

No dia 17 de março de 2020, há 5 anos, uma terça-feira, o Rio Grande do Norte mergulhava em um dos períodos mais difíceis de sua história: a pandemia de Covid-19. Naquele dia, cinco após a descoberta do primeiro caso de Covid 19 no RN, o Governo do Estado produzia o primeiro decreto com medidas restritivas de circulação e determinava a suspensão das aulas nas redes públicas e privadas em todo o território potiguar. 

Neste primeiro decreto também foram suspensos os eventos com mais de 100 pessoas; foram cancelados eventos agendados no Centro de Convenções pelos próximos 60 dias; e suspensas as feiras, exposições e eventos com apoio ou realização do Governo do Estado. Isso foi apenas o início. 

Nos dias seguintes, diante do avanço dos casos no mundo, no Brasil e no RN, novas e mais duras medidas foram tomadas. Dia 19 de março de 2020 veio o decreto de calamidade pública, em virtude da pandemia do novo coronavírus. E dia 20, o fechamento quase que completo

Por decreto foram suspensas as atividades coletivas com público superior a 50 pessoas; o funcionamento de bares, restaurantes, lanchonetes e similares; as atividades em igrejas e templos religiosos, lojas maçônicas, academias, salões de festa e casa de eventos; e foi determinado o fechamento de parques públicos e de diversão, boates, museus, bibliotecas, teatros, cinemas e demais equipamentos culturais.

Diante da falta de vacinas e da estrutura de saúde existente, as medidas foram tomadas visando dois objetivos: evitar mortes e, ao mesmo tempo, o colapso da rede de saúde pela quantidade crescente de casos. 

O primeiro caso da doença foi registrado no Rio Grande do Norte dia 12 de março. Ao todo, de março de 2020 até março de 2025, foram 604.271 pessoas contaminadas. No total, também de março de 2020 até março de 2025, a Covid matou no RN um total de 9.344 pessoas. Para além de números, foram pais e mães, irmãos e irmãs, filhos e filhas, amigas e amigos; um a um, insubstituíveis.  

Pessoas como o professor universitário Luiz Di Souza, do Departamento de Química, da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN). Ele foi a primeira pessoa que a Covid matou no RN, no dia 28 de março de 2020.

Somente em janeiro de 2021 a vacina da Covid chegou ao Rio Grande do Norte, quase um ano após a primeira morte. A primeira pessoa a ser imunizada no RN foi a técnica de enfermagem Maria das Graças Pereira de Oliveira, de 57 anos, que (na época) tinha 35 anos de serviços prestados no Hospital Giselda Trigueiro

A chegada do imunizante foi um alívio, mas a doença seguiu matando: em março daquele ano, o mês acumulou 1.013 mortes, a maior quantidade em todo o período monitorado. 15 de março de 2021 foi o dia que mais pessoas morreram por covid no RN: 254 vítimas em 24 horas. 

O número de mortes no Rio Grande do Norte só caiu para menos de 100 em 24 horas no mês de junho de 2021. E foi reduzindo nos meses seguintes, com o avanço da imunização. Após dezembro, devido às festas de final de ano, houve um repique da pandemia em janeiro de 2021 e o estado voltou a registrar mortes perto das 100 vítimas diárias. 

Em 31 de janeiro de 2022 foram 106 novos óbitos. Depois dessa data os números de mortos foram reduzindo e desde então nunca mais voltaram a apresentar a quantidade dos piores períodos que a pandemia registrou no Rio Grande do Norte. 

O SUS é uma ferramenta estratégica e precisa ser fortalecido

Durante todo o período mais grave da pandemia, o Governo do Estado se preocupou em dar transparência com relação às informações acerca das medidas para combater a doença. Uma dessas medidas foram entrevistas coletivas diárias que eram transmitidas aov vivo com integrantes do comitê de especialistas que ajudou a elaborar as medidas preventivas. 

Nessa época, a informação científica foi essencial para guiar quem combatia a pandemia e também para a população. O médico epidemiologista Ion Andrade e a médica infectologista Marise Reis foram dois dos profissionais de saúde que atuaram intensamente no sentido de assegurar informações seguras para a sociedade.

Passados cinco anos do início da pandemia de Covid no RN, o NOVO procurou os dois para ouvi-los sobre o assunto e fazer uma avaliação de tudo o que ocorreu de 20220 para 2025. Em muitas das respostas, os dois apontaram aspectos parecidos. E eles são enfáticos em afirmar que a pandemia mostrou a importância de um Sistema ünico de Saúde como o que o Brasil possui.

Além disso, os médicos também concordam que as fake news foram uma dificuldade extra no período que o Brasil e o RN enfrentaram a doença. Confira abaixo a entrevista com as respostas dos dois:

Quais as maiores dificuldades enfrentadas na pandemia?

Ion de Andrade: As dificuldades para enfrentar a pandemia foram múltiplas. Porque naquele início de pandemia não se sabia bem qual era o vírus. Ele foi identificado depois. A própria doença ganhou o nome posteriormente. A infraestrutura necessária para o tratamento não estava disponível em parte alguma no mundo. Muitos hospitais tiveram que ser construídos de forma emergencial. Me lembro que a China, por exemplo, foi um dos primeiros países a ter construído um hospital de 1.000 leitos só para Covid e fez isso rapidamente. Outros países seguiram. Portanto houve um problema de infraestrutura, um problema de conhecimento científico do comportamento da doença, uma suscetibilidade. A vulnerabilidade das pessoas era completa porque não tinham anticorpos, não tinha um vírus parecido em relação ao qual as pessoas pudessem ter algum tipo de imunidade cruzada, que pudesse resistir à infecção. Portanto, sintomas graves e também uma ameaça aos profissionais de saúde. Foi uma doença que vinha fazendo vítimas entre médicos, enfermeiros e pessoal da saúde. Então, uma situação extremamente grave e de difícil enfrentamento. Foi preciso muito, muito esforço, muito sacrifício, muito heroísmo realmente. Pessoas que se expuseram, pessoas que perderam a vida para que a resposta pudesse ter sido pouco a pouco construída. Acrescento que a tudo isso (como dificuldade) o negacionismo, as notícias falsas, a incredulidade em relação à gravidade da doença que estava sendo difundida por, muitas vezes, por pessoas da própria área da saúde, de forma que isso também foi um fator dificultador a mais.

Marise Reis: Eu diria que houve dificuldades em diferentes âmbitos que nós enfrentamos na pandemia de Covid. A primeira foi de estarmos lidando com um evento novo, uma doença nova que não sabíamos naquele primeiro momento, não tínhamos informações suficientes sobre o agente, sobre que danos ele causaria. Não tínhamos tratamento efetivo, não tínhamos vacina. E percebíamos uma evolução absurda de casos, chegando no sistema de saúde e sobrecarregando o sistema de saúde. A segunda dificuldade foi a estrutura do sistema de saúde para suportar essa sobrecarga, que, de certa forma, descartou os outros problemas de saúde. Ou seja, na hora que eu precisei abrir espaço para acomodar doenças de transmissão respiratória como a Covid, eu acabei deixando de acolher outras condições de saúde que também precisavam de atenção naquele momento. E esse foi o terceiro desafio: deixar de lado o atendimento de várias doenças crônicas porque não havia como dar conta de proteger, de cuidar dessas pessoas protegendo-as do risco de contaminação dentro do serviço de saúde. Isso resultou numa, num problema para o pós-pandemia que nós vivenciamos hoje. Queria colocar ainda como uma dificuldade vivenciada na pandemia que foi o problema da comunicação. Nós vivemos um momento no qual muitas fake news em torno de doenças, sobretudo no que diz respeito às medidas de proteção e prevenção disponíveis naquele momento e quando chegou a vacina, essa coisa se intensificou. Isso foi muito desafiador. Porque você estava com uma doença que é transmissível de homem para homem, que a medida que nós tínhamos naquele momento era o uso de máscara e o isolamento do indivíduo doente e as restrições para circulação de pessoas. E os problemas de comunicação agravaram a situação e expuseram pessoas que se arriscaram e acabaram se contaminando e morrendo em função disso. Pessoas que não se vacinaram e morreram porque não se vacinaram. Isso realmente foi um grande problema. Comunicação, isso é nó cego até hoje.

Pessoalmente, qual o momento mais grave que recorda da pandemia? Ou, qual episódio mais marcou?

Ion de Andrade: O momento mais marcante foi — e durou bastante tempo — a insuficiência de leitos para internar os doentes. Muita gente sendo obrigada a aguardar, a esperar a liberação de leitos. Portanto, uma insuficiência de serviços, porque as pessoas, pacientes graves iam se avolumando, precisavam de internamento e, muitas vezes, não encontravam internamento, tinham que esperar em casa, muitas vezes morriam em casa. Uma situação extremamente difícil naqueles primeiros momentos, até que a infraestrutura tenha sido implementada de forma mais robusta. Além disso, a perda de pessoas próximas. Acho que todos tiveram pessoas próximas que vieram a falecer por Covid, de forma que tudo isso, ou seja, além do drama coletivo também, coisas que aconteciam no círculo mais próximo das pessoas,cada um de nós.

Marise Reis: Eu acho que o que mais marcou foi a nossa dificuldade de acolher todas as pessoas que precisavam de terapia intensiva e que estavam morrendo por isso. Então, por exemplo, aquele episódio da Amazônia foi muito grotesco. Eu acho que talvez tenha sido o que mais marcou mesmo, porque todo o resto foi muito intenso. 

Que lição a pandemia ensinou ao RN e ao Brasil?

Ion de Andrade: Acho que a lição que a pandemia traz para o Rio Grande do Norte é de que o SUS, teve uma importância fundamental para a organização da defesa da sociedade contra a pandemia. A organização em toda parte, os hospitais distribuídos territorialmente no Rio Grande do Norte; as Unidades Básicas de Saúde que puderam levar mensagem de prevenção; a rede de exames e diagnósticos; as equipes que trabalham nos hospitais públicos. Toda essa infraestrutura que pôde ser colocada em marcha pelo Sistema Único de Saúde. Acho que isso traz a lição de que essa é uma ferramenta estratégica. O SUS é uma ferramenta estratégica para o enfrentamento das doenças conhecidas, mas também em situações extremas como a que a pandemia trouxe.

Marise Reis: Eu acho que a pandemia ensinou que realmente nós precisamos ter um sistema público de saúde que dê conta das necessidades da população. Isso ficou muito claro. Porque foi o SUS que deu resposta aqui, assim, a estrutura do SUS é que nos permitiu dar a resposta que no  momento da crise, a despeito de todas as dificuldades postas pelo Governo Federal. Ainda assim, foi o SUS que, nos municípios, deu conta de cuidar da população. Então, eu acho que a lição que ele tira é: nós realmente precisamos fortalecer o Sistema Único de Saúde, dar a ele estrutura adequada, física, recurso laboratorial, pessoal, qualificado, pessoal em número suficiente, para que a gente consiga responder às emergências.

Poderíamos ter tido bem menos mortes se o Governo Federal e outras administrações não tivessem sido contra o uso de máscaras e a favor de remédios sem eficácia científica?

Ion de Andrade:  Eu acho que a gestão federal do SUS, o Ministério da Saúde nas mãos do general Pazuello, que deixou como lembrança aquela situação tão grave lá em Manaus, tantas pessoas morreram e o oxigênio não chegou até as pessoas. E a obsessão do próprio presidente da República com a história da cloroquina, o desrespeito às pessoas, inclusive fazendo pouco dos doentes, a falta de prioridade em relação às vacinas, de maneira que tudo isso contribuiu para uma mentalidade coletiva que fragilizou a capacidade de defesa da sociedade. O Brasil foi, por isso, um dos países que mais teve mortes em relação à sua população geral. Foram mais de 700.000 mortes. O Brasil, me parece que foi o terceiro país mais afetado pela doença, de forma que a situação foi gravíssima para o Brasil em grande medida por conta dessa atitude negacionista que partia do próprio Governo Federal, do Ministério da Saúde, do presidente Bolsonaro.

Marise Reis: Os dados, os estudos mostram que sim, que nós teríamos conseguido evitar mais mortes se nós tivéssemos tido uma atuação mais coesa, sem tantos reveses dos quais a gente já comentou, como a inação do Governo Federal em relação ao uso de máscaras, em relação às vacinas, em relação ao uso de medicamentos sem eficácia, que fez com que as pessoas achassem que estavam protegidas tomando ivermectina toda semana e, por isso, podiam se expor. Então, seguramente, a ausência desses elementos teriam evitado mortes. 

Médicos Ion de Andrade e Marise Reis. Foto: Reprodução

Há ainda motivos para se preocupar com a Covid?

Ion de Andrade: Todas as doenças são motivos de preocupação, principalmente aquelas doenças potencialmente graves. A Covid entrou no rol das doenças que podem ser prevenidas com vacina, o que é uma excelente notícia. Mas a realidade é que embora tenha mudado de patamar de gravidade, de letalidade, por conta, justamente, da possibilidade das pessoas se vacinarem, como toda doença potencialmente grave ela precisa estar sempre sendo monitorada, observada, porque o controle de uma doença é sempre uma coisa dinâmica. As cepas mudam, a capacidade de resistência a novas cepas pode exigir vacinas específicas para aquelas cepas, como acontece com a gripe, por exemplo, que tem momentos de epidemia mais preocupantes. Embora exista a vacina contra a gripe. Então, a Covid, acho que é algo que veio para ficar e vai merecer, em definitivo, uma vigilância bastante atenta à evolução da doença.

Marise Reis: Eu entendo que a Covid, hoje, ela é assumida mais ou menos como uma influenza. A diferença é que ele é um vírus que infecta outros órgãos e, portanto, expõe o indivíduo que tem comorbidades, que tem doença de base, a ter a sua doença agravada em vigência de uma Covid, mesmo que seja uma forma leve. Então, eu entendo que ela ainda preocupa sim, para os indivíduos que não se vacinaram e para os indivíduos que estão nas faixas de risco para formas graves. Quem são eles? Os idosos, sobretudo os que têm comorbidades, a mulher grávida e as crianças. Por isso que eu entendo que nós precisamos garantir a vacinação dessas populações para assim nós não precisarmos nos preocupar.

O mundo e/ou Brasil estão preparados hoje para algo semelhante?

Ion de Andrade: A pandemia de Covid não é a última. Outras virão. Hoje a gente vive num mundo globalizado em que as pessoas podem se deslocar de avião, por exemplo, em altas velocidades, portanto, levar com elas doenças que ainda estão em incubação. Ela pega a doença num continente e vai apresentar os sintomas noutro continente, transmitir a doença noutro continente. Isso é um dado que passa a fazer parte do cenário atual dessa aldeia global em que nós, em que o planeta foi convertido. Hoje, tudo que é da saúde pública interessa ao planeta como um todo, a humanidade como um todo, exatamente por conta dessas conexões. Portanto, ninguém nunca está preparado para eventos como esse. Mas a pandemia mostrou que a colaboração internacional, por exemplo, a produção de vacinas, foi muito importante para conter a doença. E mostrou também pontos de fragilidade. Por exemplo, os africanos tiveram a vacina mais tarde. Então, é preciso que mundialmente as instituições multilaterais, como a Organização Mundial da Saúde, a ONU, possam aprender com a pandemia para que em um próximo cenário como esse, que pode demorar de acontecer, mas é algo sempre presente. O ideal é que essa experiência internacional da Covid possa servir para se alimentar respostas mais rápidas e mais equitativas para todos.

Marise Reis: Eu diria que não. Infelizmente o contexto do mundo é hoje muito complicado, com grande volume de movimentos migratórios que nós temos, com o empobrecimento da população pelo mundo e isso tudo torna as populações vulneráveis sob risco. E o sistema de saúde do mundo inteiro estão em crise. Então, eu diria que nós talvez estejamos com a percepção mais presente e a possibilidade de lançar mão de recursos mais próximos, porque vivenciamos uma epidemia recentemente, mas não estamos prontos. Eu entendo que não. Não estamos preparados, infelizmente.

Há algo mais que vocês gostariam de ressaltar sobre a pandemia de Covid?

Ion de Andrade: Eu acho que é preciso lembrar os profissionais de saúde que deram suas vidas para enfrentar a doença. Muitos morreram: médicos, enfermeiras, técnicas de enfermagem, pessoal da administração dos hospitais. Lembrar do esforço que a Secretaria Estadual de Saúde teve no sentido de construir a infraestrutura necessária para a Covid, para o enfrentamento da Covid, e lembrar o esforço que a sociedade fez para salvar vidas. Acho que essa, essa é uma página heroica que precisa ser lembrada com essa dimensão. Acho que isso precisa ser lembrado porque isso engrandece a história do Sistema Único de Saúde e a história do Rio Grande do Norte.

Marise Reis: Eu gostaria de ressaltar que em questões de saúde, hoje, nós vivemos em um mundo global no qual há uma grande circulação de pessoas e, portanto, o risco de transmissão de doenças, de carregar doenças de um local para outro é muito expressivo hoje, para além das doenças que nós sabemos que estão ligadas às condições climáticas e isso também é muito importante que estejamos atentos. Eu entendo que uma coisa muito importante é as pessoas utilizarem o que nós temos disponível hoje, do ponto de vista de comunicação, de fontes de informação, para se atualizarem, para se informarem sobre os riscos, para adotarem medidas de saúde protetivas. O que são medidas de saúde protetivas? É a pessoa se autocuidar, ficar atento para saber se ela tem alguma doença de base ou não e se tiver, se cuidar. Eu diria que é isso, a importância das pessoas se inteirarem sobre o que é uma estado de saúde, o que é uma vida saudável do ponto de vista de saúde e adotarem hábitos mais saudáveis no que diz respeito à atividade física, alimentação, respeito ao sono, menos álcool, menos drogas. , né? Tudo isso é muito importante para a qualidade de vida das pessoas. No entanto, eu queria ressaltar que nós temos melhores condições hoje para detecção precoce, identificação rápida de um novo agente que venha surgir, no desenvolvimento de vacinas em um espaço curto de tempo, como aconteceu com a Covid também. Então, isso vai ser importante no controle de futuras epidemias e temos capacidade de comunicação também mais efetivas hoje. Inclusive com o sistema de vigilância, por exemplo, no Brasil, o nosso sistema de vigilância hoje é melhor do que o do passado. Sobretudo porque no enfrentamento de uma nova doença é muito importante a capacidade de identificar, de notificar para que a estrutura pública de saúde possa tomar as medidas.■  

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