Este ano ficará marcado na História pelo início da superação mundial da pandemia da Covid, através do trabalho incansável dos profissionais da saúde e – especialmente – por meio da vacinação em massa de quase toda a raça humana. O ano se encerra com uma boa notícia: o número de óbitos é apenas uma fração do que já foi, apesar de o vírus continuar sua disseminação com a nova variante. E a tendência é de queda no número de vítimas, que têm espaço garantido na memória de 2021. No entanto, o ano que acaba hoje será lembrado também pela morte da nuance nas manchetes, discussões e até na mesa do bar. Opiniões de cidadãos e parlamentares foram punidas com operações policiais, decisões de censura de altos órgãos da Justiça e até com a perda de mandato eletivo. Tudo preto e branco. Cinza nem pensar.
A vacina foi fundamental para combater o coronavírus. No Brasil, foram aplicadas em média quase 1 milhão de doses/dia. Após a vacinação, a média de óbitos caiu ao menor nível desde o início da pandemia.
Jair Bolsonaro leva o caneco por tornar-se seu pior inimigo. Constantes questionamentos sobre a vacina sabotam o sucesso do esforço do Plano de Imunização, que controlou a pandemia e permitiu a retomada.
Repetido à exaustão nas manchetes, o maior alarmista do ano foi o Instituto Para Métricas de Saúde e Avaliação, que previu pelo menos 779 mil mortes de brasileiros por covid até setembro. Ou até 970 mil. Na melhor das hipóteses, errou por 180 mil. E não virou fake news.
O vício por notícias ruins enterrou resultados importantes para o Brasil: o PIB deve crescer 4,5%, o superávit público é de R$65 bilhões e o número de empregos formais criados é o maior da História: 3 milhões.
Deputado estadual mais votado do Paraná, Fernando Francischini teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral por duvidar da urna eletrônica num vídeo de rede social, durante a campanha de 2018.
Troféu é dividido pelos ministros Fábio Faria (Comunicações) e Tarcísio Freitas (Infraestrutura) pelos avanços de leilões de portos, aeroportos, ferrovias e o 5G, que farão o Brasil dar salto comercial e tecnológico.
Esse é de Ciro Gomes e, como Marina Silva ainda não deu as caras, ninguém tasca. O pré-candidato do PDT, historicamente, é como estalinhos de São João: faz barulho, mas não machuca.
O instituto Butantan foi às redes sociais em 12 de abril de 2021 para alertar: a 3ª dose da vacina “não será necessária”. E pior, afirmar essa necessidade “é disseminar Fake News”, garantiu. Tudo mudou e nem teve pedido de desculpas. Verdade virou arte de alto-conceito.
Em relação à origem da Covid, 2021 testemunhou praticamente toda a imprensa e redes sociais mudarem de ideia sobre o que é fake. Sugerir que o vírus poderia ter escapado do laboratório de Wuhan era quase um crime em 2020. Em 2021, a dúvida ficou autorizada. A ver em 2022.
Após as acusações de tirar R$2 milhões dos salários de seis ex-assessoras no seu gabinete no Senado, Davi Alcolumbre tomou do filho do presidente senador Flávio Bolsonaro o Rachadinha 2021.
O governo e todos os servidores envolvidos na extinção da papelada e na digitalização de quase quatro mil serviços para o cidadão, com mais de 112 milhões de cadastrados no portal gov.br, levam o prêmio.
A maior perda de tempo do ano foi a CPI da Pandemia, que, como outras comissões de inquérito, virou um circo de holofotes, mas inaugurou modalidade diferente de desperdício: levar porta na cara na Corte de Haia, que julga genocídio de verdade e não faz lacração.
O troféu do ano vai para os atletas olímpicos brasileiros, cuja campanha na Olimpíada de Tóquio marcou a melhor performance da História do Brasil em uma edição dos Jogos Olímpicos.
Vai para Meta (Facebook, Instagram e Whatsapp), YouTube e Twitter, que proibiram discussões sobre a pandemia, remédios, vacinas, origem do vírus etc. Chegaram a banir usuários e tirar do ar vídeos e debates entre médicos com PhD sem justificativa crível.
O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello foi ouro e prata na audiência da CPI da Pandemia, este ano, fazendo inveja a outros ex-ministros, que fizeram de tudo para aparecer na pandemia.
São vencedores do troféu os institutos de pesquisa que apontavam para uma vitória fácil do partido socialista em Portugal contra o PSD do presidente Marcelo Rebelo de Sousa. Erraram feio, repetindo Brexit, Trump e Bolsonaro e Rebelo foi reeleito com pé nas costas.
*Reprodução coluna Cláudio Humberto e do site Diário do Poder
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