Água em Ponta Negra é resultado do afloramento de um lençol freático e não gera prejuízo à saúde pública. Foto: Semurb

Água em Ponta Negra é resultado do afloramento de um lençol freático e não gera prejuízo à saúde pública. Foto: Semurb

Cotidiano

Tá limpa Semurb recebe laudo que descarta presença de esgoto na água coletada em Ponta Negra

Água rica em matéria orgânica já decomposta gera um odor cítrico característico, mas não possui coliformes fecais, segundo a analise feita

por: NOVO Notícias

Publicado 19 de fevereiro de 2025 às 17:30

A Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) recebeu terça-feira (18) o resultado da análise microbiológica da água coletada, em 3 de fevereiro, próximo ao Morro do Careca, em Ponta Negra. O laudo confirma que não se trata de esgoto, mas de afloramento do lençol freático, naquele local.

A análise físico/química, realizada pelo Instituto Federal de Educação (IFRN), campus Natal/Central, apresentou de fato a ocorrência de nitrato, característico de oxidação de matéria orgânica há vários anos, tem odor característico, mas não tem presença de coliforme fecal, ou seja de esgoto, disse o supervisor geral de Fiscalização Ambiental da Semurb, Leonardo Almeida.

Esse fenômeno de afloramento de lençol é explicado pelo geógrafo e fiscal ambiental da Semurb, Gustavo Szilagyi. Segundo ele, o litoral potiguar é formado pela junção de barreiras e dunas, que ficam sobrepostas. As dunas atuam como filtros naturais e quando as águas encontram a formação barreiras, que atuam como uma capa impermeável, ela começa a escorrer para o mar, foi o que ocorreu em Ponta Negra. “Comumente iremos observar esses afloramentos após períodos de chuvas intensas, como a que tivemos agora no final de janeiro”, explica ele.

Segundo ele, essa água rica em matéria orgânica já decomposta e que são formadas por nitratos, como a própria análise laboratorial mostrou, gera um odor cítrico característico, muitas vezes, leva as pessoas a deduzir que se trata de um esgoto. “Mas na verdade é apenas água do lençol freático, aflorando na praia, portanto, não gera prejuízo à saúde pública”, afirmou Szilagyi.

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